Zika está diminuindo nas Américas, diz OMS
De
acordo com o gerente da organização Ian Clarke uma segunda onda estava prevista
para o Brasil e não está ocorrendo.
Exemplares
de aedes aegypti em laboratório em Campinas. (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
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O vírus da zika
está diminuindo sua ação na América Latina, mesmo com a região em pleno verão,
informou nesta quarta-feira (1º) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Podemos
afirmar que a prevalência está caindo em toda a região", disse em
entrevista coletiva o gerente da OMS, Ian Clarke.
No entanto, de
acordo com a agência EFE, Clarke não apresentou dados que sustentem a
informação, embora tenha dito que "as curvas de progressão" da doença
nos diferentes países mostram uma queda clara dos casos em relação ao ano
passado.
Segundo
informou a Reuters, Clarke também disse que havia a expectativa de iria ocorrer
uma segunda onda da doença no Brasil, mas que isso não está sendo observado.
Nathalie
Broutet, coordenadora de pesquisa sobre a zika da OMS, ressaltou à EFE que
ainda não chegou a época das chuvas, quando o vetor transmissor do vírus - o
mosquito Aedes aegypti - se multiplica com maior facilidade, o que deve aumentar
a possibilidade de infecção.
Faz um ano que
a OMS decretou uma emergência sanitária de alcance internacional por um aumento
repentino dos casos de microcefalia no Brasil que se presumiu estarem ligados a
uma epidemia de zika.
Dez meses
depois e após se confirmar a relação direta entre a infecção e várias
más-formações neurológicas, não só a microcefalia, a OMS decretou que a
epidemia já não era emergência mundial, mas um problema que perduraria a longo
prazo e que, como tal, deveria ser tratado.
Nesta nova
estratégia era vital promover todas as linhas de pesquisa possíveis para poder
entender por que um vírus que circula há meio século causa agora efeitos tão
graves como as malformações congênitas. Até o momento não foi possível obter
respostas conclusivas para nenhuma das incógnitas científicas.
O vírus que
afetou a América Latina tinha cepa asiática, mas não se sabe se houve uma
mutação que seria responsável pelos efeitos nocivos ou se estes se devem à
coinfecção com os vírus que provocam a dengue e a febre amarela, transmitidas
pelo mesmo mosquito e que também são endêmicas na região.
Por enquanto
ainda não há uma cura para a doença e 40 vacinas estão em processo de
desenvolvimento, das quais cinco vão entrar na fase de testes clínicos, para
serem comercializadas em, pelo menos, quatro anos.
Fonte : Portal de notícias G1
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